A
paisagem selecionada para esse trabalho é o quarteirão onde moro há 20 anos.
Essa parte do meu bairro passou por muitas mudanças ao longo desses anos, mas ainda
preserva muita coisa daquele tempo. Moro neste lugar desde que me mudei com
minha família do Rio de Janeiro em 1997. É uma extensão do Bairro Santa
Bernadete que antes era apenas vegetação e tornou-se loteamento.
Na
entrada dessa extensão há uma lagoa com nascente de água pura, que durante
muitos desses anos foi deixada sem cuidados e estava quase secando, mas
recentemente a secretaria de meio ambiente providenciou a preservação ambiental
dessa área.
As
ruas passaram do barro para o calçamento, e os números de casas só aumentam.
Está ainda em crescimento, mas um crescimento que não está bem estruturado. Por
ser uma área antes de grande vegetação possuía também muitas nascentes em
outros pontos fora da lagoa, mas o desenvolvimento das construções sem as
devidas fiscalizações acarretou a seca de muitas delas.
Nos
fundos da minha casa antes passava um córrego com águas correntes e cristalinas
proveniente das nascentes, hoje a terra está seca, a água que escorre agora é
apenas a da chuva.
Embora
tenha tido prejuízos para natureza muitas coisas boas acontecem aqui. Meu pai
cultiva muitas coisas nos fundos de casa e fica feliz em poder fazer isso. Grande
parte dos meus parentes mora aqui por perto, o lugar é tranqüilo sem agitação
de trânsito intenso, as crianças brincam na rua todos os dias, algo bem escasso
nos nossos dias.
Essa é minha paisagem escolhida de grande valor afetivo. Nela vivi minha adolescência, construí minha família e estou criando meus filhos. Muitos dizem que moro na roça, até de “grota” aqui é chamado por muitos, mas isso não importa, fico feliz e satisfeita, pois em meio a tanta correria do dia a dia ainda posso ter meus filhos brincando na rua com os amigos além de poder bater papo com os vizinhos no portão e receber sempre a visita de tucanos lindos no meu quintal.
Essa é minha paisagem escolhida de grande valor afetivo. Nela vivi minha adolescência, construí minha família e estou criando meus filhos. Muitos dizem que moro na roça, até de “grota” aqui é chamado por muitos, mas isso não importa, fico feliz e satisfeita, pois em meio a tanta correria do dia a dia ainda posso ter meus filhos brincando na rua com os amigos além de poder bater papo com os vizinhos no portão e receber sempre a visita de tucanos lindos no meu quintal.
Lucilene Ap. Souza Oliveira Teixeira.


